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A DAY OF SUN
I love the things that children love
Yet with a comprehension deep
That lifts my pining soul above
Those in which life as yet doth sleep.
All things that simple are and bright,
Unnoticed unto keen‑worn wit,
With a child's natural delight
That makes me proudly weep at it.
I love the sun with personal glee,
The air as if I could embrace
Its wideness with my soul and be
A drunkard by expense of gaze.
I love the heavens with a joy
That makes me wonder at my soul,
It is a pleasure nought can cloy,
A thrilling I cannot control.
So stretched out here let me lie
Before the sun that soaks me up,
And let me gloriously die
Drinking too deep of living's cup;
Be swallowed of the sun and spread
Over the infinite expanse,
Dissolved, like a drop of dew dead
Lost in a super‑normal trance;
Lost in impersonal consciousness
And mingling in all life become
A selfless part of Force and Stress
And have a universal home;
And in a strange way undefined
Lose in the one and living Whole
The limit that I call my mind,
The bounded thing I call my soul.
Poesia Inglesa. Fernando Pessoa. (Organização e tradução de Luísa Freire. Prefácio de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Livros Horizonte, 1995.
- 172.«Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não
Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida não para não
A vida é tão rara....»
Lenine
(imagem retirada do site da wook)
Este é um livro que me surpreendeu. Conhecia o autor de nome, porém nunca tinha lido nada dele.
Viagem vertical é uma viagem que se inicia em Barcelona, terra da personagem e prossegue por Lisboa, Porto, Madeira terminando onde todas as viagens devem terminar: dentro de nós próprios.
Mayol começa o seu percurso na idade em que as travessias, habitualmente estão a terminar e ensina-nos que ser velho é desistir de aprender, é ter medo do novo e das aventuras e deixar de cumprir os desejos mais profundos que existem em cada um de nós. Mayol tem tudo contra ele. É abandonado pela mulher, rejeitado pelos filhos e percebe que nunca fez nada por si. No entanto, parte, ruma à descoberta de si próprio e de tudo o que por várias razões deixou de fazer. Ao adormecer perguntou a si próprio por que razão não havemos de ser - homens, deuses, mundo- sonhos que alguém sonha, pensamentos que alguém pensa, situados sempre fora do que existe, e perguntou a si próprio por que não há-de ser esse alguém que não sonha nem pensa, ele próprio súbdito do abismo e da ficção.
Viagem vertical é uma viagem, ao contrário da viagem circular, descrita na Odisseia, sem regresso.