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Fashion in the bag

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01
Mar17

Os comprimidos da felicidade

fashion

 (imagem retirada da net)

 

Nos últimos dias tenho pensado no número absurdo de pessoas que conheço e que estão a passar, ou já passaram, por depressões. A maioria delas têm (felizmente) a capacidade tanto económica, como de discernimento para procurar ajuda e  tratarem-se.

No entanto, não é fácil identificar uma depressão e actualmente tende a  confundir-se a tristeza com depressão. É o mundo da felicidade forçada e da ingestão dos comprimidos da felicidade este, em que vivemos.

Alguém que perdeu  quem ama, tem de estar triste, é normal, é humano e só seria estranho era se isso não acontecesse. Quem está desempregado, doente, tem de estar triste, não há vergonha nisso. E não são os comprimidos que resolvem estes estados de alma. A resolverem alguma coisa é apenas o proporcionarem a ilusão que o fazem.

Dizia Schopenhauer que: “Precisamos em todas as épocas de uma certa quantidade de desvelo, sofrimento ou carência, como um navio precisa de lastro para manter seu curso correto.” A tristeza é, por conseguinte, algo inerente ao ser humano e necessária para se atingir profundidade interior. Claro que é melhor estar feliz e alegre, mas nenhuma felicidade dura sempre, até porque há tristeza na felicidade(ou para se atingir a felicidade). Mas a sociedade não está preparada para isto. Ninguém tem paciência para pessoas que estão tristes, que choram... dá trabalho estar triste, e é uma embate muito grande consigo próprios.

Queremos apressar as coisas, queremos colocar LOL em todas as notícias, imagens e fotos, queremos mascarar a tristeza com caras de falsa felicidade. É mais fácil.

Um comprimido que dê alegria e não permita a tristeza parece, à partida, a solução ideal, mas será mesmo?

Não deviam as sociedades e todos nós procurar outras soluções que não apenas a dos comprimidos? Não se devia entender a tristeza de outra forma?

Outro dia falarei sobre a depressão...

 

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