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Fashion in the bag

Fashion in the bag

16
Jul22

(Re) ler o Mito da Caverna de Platão

fashion

Nestes dias em que a temperatura sobe não só do ponto de vista meteorológico, mas por toda a contextualização que nos envolve dei por mim a pensar em como vemos mal. Sim, vemos mal! Decorrente de um prodigioso exercício de memória, dei por mim a pensar em Platão e nos seus homens presos nas sombras. Eles que viam reflexos nas paredes, resultantes do pequeno fogo que vivia no fundo da caverna acreditavam que aquele era o seu poderoso reino da verdade. O seu olhar dirigido para as paredes, para as sombras e para as correntes que os prendiam eram tidos como naturais, necessários e até incontestáveis. Um dia alguém lhe disse, sobretudo alguém lhe mostrou, haver mais do que aquilo, que ainda por cima era melhor que toda aquele (in)real incontestável e tido como inabalável. Havia o sol lá fora, existia um mundo para além daquele fétido buraco, onde as correntes marcavam o ritmo dos dias. Mas... era preciso querer ir lá fora, arriscar, ferir os olhos com a luz e aceitar que afinal toda a vida foi um engano. E vemos prisioneiros contemporâneos dependentes da ideia de uma acorrentada imagem de tudo mostrar, tudo divulgar, como se a existência humana não tivesse uma urgência de silêncio, de solidão, de reflexão, de resguardo. As sombras são a manifestação da ilusão de uma vida perfeita e onde o sofrimento, a mágoa e a desilusão não existem. Mas é puro engano, trazido pela voz da caverna, qual sereia encantatória, a querer que neguemos o que é o essencial da existência: a imperfeição, a dor da descoberta (seja qual for a sua natureza). Nessa verdade, trazida pela luz do exterior da caverna, seremos confrontados com a dor de uma luminosidade agressiva, mas ainda assim bela, cândida, e muito humana. No final resta isso, procurar e aceitar a verdade vivente em cada um de nós. Assumir a unicidade que premeia a existência e nos destinge de um aglomerado de seres agrilhoados que acreditam, sem questionar, no que as sombras vão projetando.  A cor parda, em detrimento da verdadeira luz, será suficiente quando, no último suspiro, pensarmos no que fizemos com a vida?

09
Dez20

Snowed Under

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...

I don't know why I waste my time
Getting hung up about the things you say
When I open my eyes and it's a lovely day
You know sometimes I feel like I'm
Getting snowed under with the things you say
When I open my eyes and it's a lovely day

Now you think that you're alone
So you make your way back home
I'd love to greet the weary traveller
But your time has gone and I'm glad it's over...

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