Se vos acontecer o mesmo que a mim têm sempre muita dificuldade em coordenar as linhas dos casacos com as linhas das saias. Uma vez mais e, já falei isso noutros posts, temos de seguir a lógica. Se a saia é direita o casaco também tem de cair de uma forma direita, já se a saia é enviezada então temos de optar por um caso que não caia de forma direita. Por vezes a elgância está nestes pequenos detalhes e nem nos apercebemos. Espero que esta dica seja útil!
Mais uma semana que termina e tenho a sensação de ser apenas uma repetição de outras semanas. Tudo exactamente na mesma... O mesmo acordar, os mesmos cheiros enfim, o mesmo tudo.
Durante muito tempo desejei que tudo fosse diferente, mas cada vez que o desejei algo aconteceu que ainda piorou o que tinha.
Agora já não desejo. Limito-me, apenas, a deixar passar os dias. Eu colecciono dias, apenas isso.
Hoje que a lua promete esconder-se penso em todas as pessoas que ficam às escuras não apenas, durante o tempo que dura o eclipse, mas que, há muito tempo, por diversas razões, andam eclipsadas.
Sair da sombra é um trabalho árduo e longo e nem todas as pessoas o conseguem fazer. Tantas vezes que é mais fácil e menos incomodo estar na sombra.
Quem sai da sombra sofre as consequências. A maioria das pessoas não aguenta a luz própria dos outros e acabam por apagar essa luz a quem a tem.
Hoje já não desejo, como disse: apenas colecciono dias. Boa semana!
Passam hoje dois meses desde que a minha mãe teve um A.V.C. Aos poucos vai recuperando algumas das capacidades perdidas, mas ainda há muito por fazer. Parece-me que nunca me tinha sentido tão impotente e ao mesmo tempo tão sozinha. A minha família, que não acompanha o dia- a- dia, não percebe como por vezes é difícil vermos uma pessoa que amamos a não conseguir fazer as coisas mais básicas e tornar-se tão dependente. Nunca tinha sentido o que é ter alguém tão dependente de mim. Tenho medo de adormecer e não ouvir o seu chamado, tenho medo de ir à rua e que me aconteça alguma coisa, sei lá... tenho medo.
Pode parecer um pouco exagerado mas tenho a certeza que todos os cuidadores, percebem o que eu estou a dizer.
Quando falo com os meus amigos sinto que eles não sabem o que me hão-de dizer e acabo por me fechar poruque eu não lhes consigo explicar o que estou a sentir e como era importante que se lembrassem de mim todos os dias e que me ajudaria que dissessem apenas: olá! e tem força!
De qualquer forma sinto, por vezes, que a força me falta e ouço aqueles comentários do tipo: Estás a deixar de viver a tua vida, para cuidares da tua mãe. Mas depois penso: mas a minha vida também é ela. Será que as pessoas não percebem ? Será assim tão errado o que faço?
Depois vejo a minha mãe a agarrar-se à vida e à sua recuperação e parece, de repente, que tudo vale a pena.
Cada vez dou mais valor às pessoas que dedicam a sua vida a cuidar dos outros. Haverá postura mais nobre?
Deixo um pensamento de solidariedade a todos os que estão nesta situação.
O estilo Boho vem de “Bohemio” remetendo logo a partida para um estilo mais descontraído. Tem como forte influência o folk (“Povos” em Inglês) o que remete há várias etnias e culturas, mas o Boho é bastante actual e na verdade é a mistura do Folk/Hippie com outros estilos como rocker, punk, romântico e essa mistura toda é que caracteriza, na realidade o Boho.
Quais as peças que temos de ter para criar este estilo?
-Estampados Florais e Étnicos – São estampados que traduzem bem a pluralidade e liberdade boémia do estilo, são motivos com muita expressão e perfeitas para Looks Casuais
-Franjas – De uma forma geral as franjas dão esse toque Boho a qualquer outfit, muitas mulheres não gostam das franjas e têm muito medo de investir em peças que tenham franja com medo de passar de moda se for esse o caso, opte por calçados e acessórios, pois com certeza eles vão fazer toda diferença, e vão dar um toque Boho ao seu look fazendo com que ele esteja atual e moderno mesmo que esteja usando peças antigas do seu armário. No entanto uma coisa é certa, lembro-me de quando andava no liceu, havia uma colega minha que tinha um casaco com franjas que eu adorava, passaram 20 anos e o casaco continua a estar dentro do meu imaginário de peças perfeitas por isso as franjas acabam por se usar sempre
-Bijuterias – A mistura de materiais como Metal (moedas), Couro, Penas e Missangas, sempre carregado de influências étnicas como Índigena, Cigano e Turco é só usar a criatividade e abusar dos acessórios para incrementar os seus looks mais básicos e torná-los com um ar Boho
-Rendas e Crochet- Vestido Fluidos,Rompers,
Batas, Saias e calções são peças muito confortáveis e muito femininas, nesses tipos de materiais. o Hand Made é um traço característico do Estilo Boémio, por isso se você já tem alguma peça nesse material misture essas peças com alguma das outras peças que citei e Voi-lá já tem o look Boho.
O último conto que li chama-se "A casa de Matriona" de Aleksander Solkhenitzin. A história é intensa e escrita de uma forma simples mas recheada de beleza e de suavidade.
A pergunta que se impõe é a de saber quem é Matriona. Na realidade Matriona é aquela personagem que aparentemente ninguém gosta ou melhor ela é aquela que, no fundo todos invejam e ambicionam mas para a qual não têm a coragem ou grandeza suficiente para o conseguir admitir. Quando assim é, mesmo que inconscientemente, é mais fácil mostrar desprezo, escárnio, do que valorizar o que no outro é grande e belo.
Matriona vive num Isbá, velho, onde os ratos habitam como senhores por entre as paredes forradas. As suas únicas companhias são um gato coxo, uma cabra suja e as suas plantas o único bem que lhe importou salvar quando houve um incéndio.
Não tem rendimentos e vive da solidariedade dos outros que abusam da sua forma afincada de trabalhar e dispõem dela como um objecto. Utilizam-na para trabalhos pesados e pouco lhe dão. Ela também não pede muito, talvez porque, ao contrário dos outros, não precise de muito.
O marido foi para a batalha e não voltou, ou não quis voltar, ela foi ficando, sozinha, no seu mundo. Sabe que quando precisam dela a procuram e ela vai sempre.
Um dia recebe um hospede porque todas as casas da aldeia estão ocupadas. Avisa-o, desde logo, que o melhor é procurar outro sítio porque ali não está bem. Ele fica e a pouco e pouco apercebe-se da beleza daquela mulher. Percebe que todas as coisas têm, nela, um significado profundo e que poucos alcançam.
Fica com ela até que ela morre numa linha do comboio quando tenta ajudar aqueles que a estavam a roubar e que apenas se serviam dela para atingir os seus objectivos.
Ela sabia mas não se importava, tinha aquela necessidade de receber migalhas de carinho e de dar e dar uma e outra vez sem nada pedir em troca.
Matriona era recriminada por tudo o que fazia e até porque não tinha um porco. Todas tinham um porco. Era só dar-lhe comida três vezes ao dia e depois matá-lo e fazer toucinho.
Mas como poderia Matriona matar quem ela criava e lhe fazia companhia? Mesmo sendo um porco como poderia?
Como era possivel ela trabalhar tendo como último tributo o de fazer bem aos outros?
Todas estas coisas eram incompreensiveis no entanto o conto termina com duas frases que sendo tão belas e profundas nos deixam a pensar : Tinham vivido todos a seu lado(refere-se aos vizinhos, "amigos" e família), e não haviam compreendido que ela era o Justo sem o qual, como diz o provérbio, não existe a aldeia. Nem a cidade. Nem toda a nossa terra.