A cor e a música do amor
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
M.F.:
Fixement, le ciel se tord
Quand la bouche engendre un mot
Là, je donnerais ma vie pour t'entendre
Te dire les mots les plus tendres
Seal:
When all becomes all alone
I'd break my life for a song
And two lives, that's to tomorrow's smile
I know, I will say goodbye
But a fraction of this life
I will give anything, anytime
M.F.:
L'univers a ses mystères
Les mots sont nos vies
Seal:
We could kill a life with words
Soul, how would it feel
M.F.:
Si nos vies sont si fragiles
Seal:
Words are mysteries
M.F.:
Les mots, les sentiments
Les mots d'amour, un temple
Seal:
If I swept the world away
What could touch the universe
I would tell you how the sun rose high
We could with a word become one
M.F.:
Et pour tous ces mots qui blessent
Il y a ceux qui nous caressent
Qui illuminent, qui touchent l'infini
Même si le néant existe
M.F. & Seal:
For a fraction on this life
I will give anything, anytime
M.F.:
L'univers a ses mystères
Les mots sont nos vies
Seal:
We could kill a life with words
Soul, how would it feel
M.F.:
Si nos vies sont si fragiles
Seal:
Words are mysteries
M.F.:
Les mots, les sentiments
M.F. & Seal:
Les mots d'amour, un temple
«La belle chanson française». Obras de Camille Saint-Saëns, Henk Badings, Gabriel Fauré, Claude Debussy, Maurice Ravel e Eurico Carrapatoso.
Paulo Lourenço, direção
Coro Estágio Gulbenkian:
Ana Ferreira, Beatriz Resendes, Catarina Reis, Carla Frias, Claire Santos, Francisca Pizarro, Mafalda Pereira (sopranos)
Arthur Filemon, Inês Antunes, Joana Coelho, Maria Correia, Rosa van Alphen, Salomé Monteiro, Sofia Teixeira (contraltos)
Frederico Costa, Luís Almeida, Márcio Fernandes, Rodrigo Carreto, Alberto Oliveira (tenores)
Alexandre Gomes, Bernardo Branco, João Costa, João Rodrigues, João Viegas, Jorge F.P. Ramos, Sérgio Rodrigues (baixos)
La belle chanson française
Obras de Camille Saint-Saëns, Henk Badings, Gabriel Fauré, Claude Debussy, Maurice Ravel, Lili Boulanger e Eurico Carrapatoso
Camile Saint-Saëns (1835-1921)
Les fleurs et les arbres, op. 68 nº 2
Calme des nuits, op. 68 nº 1
Henk Badings (1907-1987)
Soir d’Été (Trois chansons bretonnes)
Claude Debussy (1862-1918)
Dieu! Qu’il la fait bon regarder! (Trois chansons de Charles d’Orléans)
Maurice Ravel (1875-1937)
Nicolette (Trois chansons)
Gabriel Fauré (1845-1924)
Madrigal, op. 35
Les Djinns, op. 12
Dom, 2 outubro 2016
16:00 até 17:30
Entrada Livre
Acabou de preparar o café, fez as torradas e sentou-se com o cotovelo na mesa e a cabeça na mão. Comia pedaços de pão e olhava em volta como se nada do que a rodeava, ou a vida que vivia fosse real.
Ela não estava dentro daquela vida. Tinha ficado lá atrás, não sabia bem onde, e desconhecia o que fazia ali. Continuou com as suas rotinas, matemáticas, programadas, desprovidas de espontaneidade. A espontaneidade é para os que estão dentro da vida...
Olhou-se ao espelho, ajeitou o cabelo e saiu. Repetiu os mesmos passos e os mesmos gestos que diariamente executava. Continuou a andar pela rua, sem ver nada. Não dava conta que as folhas se lhe colavam à roupa e que a árvore enviava como presente sagrado, nem do riso das crianças que passavam, muito menos era capaz de sentir o sol que insistia em romper as nuvens e beijar-lhe a face...
Estava fechada numa pequena caixa, sem cor, onde a respiração era o único elo com a vida. Tudo o resto era um conjunto de gestos programados, sem significado.
Passou numa rua com muita música, mas ela não a ouviu. Um grupo cantava e dançava e convidava as pessoas que por ali passavam, a acompanha-los. Um rapaz, de estatura média e pele morena, puxou-a para dançar .Ela resistiu , de início, mas a música era tão envolvente que não conseguiu impedir-se de dançar. E dançou tanto que os pés doíam-lhe, e os lábios estavam dormentes de tanto sorrir.
Quando as pernas já não acompanhavam o movimento, sentou-se num degrau, em frente a um vidro e viu-se pela primeira vez em muitos anos. O cabelo desalinhado, a roupa amachucada, o batom esborratado, um sorriso enorme que a fez envergonhar e sorrir ainda mais. Estava viva, pensou. Aquele dia, era um dia!!!!