A viagem vertical
(imagem retirada do site da wook)
Este é um livro que me surpreendeu. Conhecia o autor de nome, porém nunca tinha lido nada dele.
Viagem vertical é uma viagem que se inicia em Barcelona, terra da personagem e prossegue por Lisboa, Porto, Madeira terminando onde todas as viagens devem terminar: dentro de nós próprios.
Mayol começa o seu percurso na idade em que as travessias, habitualmente estão a terminar e ensina-nos que ser velho é desistir de aprender, é ter medo do novo e das aventuras e deixar de cumprir os desejos mais profundos que existem em cada um de nós. Mayol tem tudo contra ele. É abandonado pela mulher, rejeitado pelos filhos e percebe que nunca fez nada por si. No entanto, parte, ruma à descoberta de si próprio e de tudo o que por várias razões deixou de fazer. Ao adormecer perguntou a si próprio por que razão não havemos de ser - homens, deuses, mundo- sonhos que alguém sonha, pensamentos que alguém pensa, situados sempre fora do que existe, e perguntou a si próprio por que não há-de ser esse alguém que não sonha nem pensa, ele próprio súbdito do abismo e da ficção.
Viagem vertical é uma viagem, ao contrário da viagem circular, descrita na Odisseia, sem regresso.