As pessoas egoístas e o tribunal da noite
Na vida, no mundo, na sociedade assisto todos os dias a situações de pessoas que agem apenas em função delas próprias e que me põem a pensar como será a cabeça daquelas pessoas à noite, no silêncio que as confronta consigo mesmas. De dia, podem ser as "maiores", julgarem-se as maiores, mas a noite é um carrasco. Na penumbra as coisas doem mais e sentem-se a dobrar. Será que sentem; que sofrem, ou nem sequer se apercebem de que fazem mal aos outros, que a sua vida é um deserto árido e feio onde nada de bom nascerá?
Vejo-as sorridentes e quase sempre arrogantes, prontas a julgar e a criticar os outros, porque eles estão acima de toda a gente.
Eles são mais em tudo!
Mas à noite?? Não haverá nessas cabeças a inveja por aqueles que são capazes de ser diferentes e de se afirmarem de forma diferente, não haverá o remorso pelas críticas e pelos juízos não fundamentados?
Ensina-me a experiência que quem tem necessidade de se mostrar como melhor, esconde sempre grandes fragilidades e inseguranças. E à noite, será que choram, ou nem isso conseguem?
Pergunto-me muitas vezes como será, à noite...