É a minha árvore...
(imagem retirada da net)
Há árvores especiais, melhor: todas a árvores são especiais, mas a árvore de que hoje vos quero falar é mais especial do que as outras todas. É a minha árvore.
Conheço-a desde sempre e por muito que possa estar longe dela, nunca me afasto verdadeiramente. Ela tem umas raízes grandes e sempre que me sente afastar cresce mais um bocadinho e aproxima-me se si.
Todos os dias aprendo com ela, porque ela tem sempre tanto a ensinar. Encosto a cabeça no seu tronco rugoso, mas não é a rugosidade que sinto. Viajo por tantos países (nesses não há fronteiras), falo todas as línguas que é possível e por vezes deixo de perceber as palavras, porque as palavras amíude não querem ser percebidas.
Quando assim é, volto à árvore, ela sacode-me com os seu ramos e mostra-me um novo rio, um novo caminho, um dia acabado de nascer, num continente distante. Por vezes a confusão é demasiada; para mim, e tento fugir, de tudo, de mim, da árvore.
Ela enche-se de folhas verdes e flores, torna-se tão bela que olho e tudo faz sentido. Volto, volto sempre. Ela é uma árvore que tem todas as respostas e mesmo que as não tenha faz-me sentir que as tem. É grande, protectora, e não tem medo do vento nem das tempestades. Quando a visitam, fica quieta e aproveita a água e a brisa para dançar. Aproveita sempre tudo para dançar.... A minha árvore gosta de livros e de chaves. Nos seus ramos há sempre uma chave disposta a abrir mais uma porta e a convidar à descoberta de mais um mundo. Quando o sol a visita as chaves tornam-se douradas e tudo parece mais bonito.
É a minha árvore...