Conhecem aquela sensação de perda, quando nos separamos de um amigo? É esse o sentimento que experimento, agora que cheguei ao fim desta "quadrilogia". Já falei aqui dos livros anteriores e muitas pessoas me têm perguntado o que torna esta estória diferente. Não consigo responder concretamente a esta questão, no entanto consigo perceber que há uma amizade que perdura durante toda a vida. Essa amizade é a base para que todas as outras histórias se cruzem e vivam e que de certa forma envolve quem a lê. Talvez todos nós vivamos, durante a nossa vida, as mesmas históras, os mesmos receios, talvez todos tenhamos uma amiga genial que por vezes não sabemos se somos nós ou se é a outra/os. Este livro em concreto é dissecada a dor de uma mãe que passa pelo desaparecimento da filha. A sua postura, o seu não sentido, o medo que os outros têm, de quem sofre, como se isso fosse contagioso. São livros que vão ao fundo das nossas entranhas e que nos "obrigam" a questionar muitas opções e muitas direcções que seguimos ao longo da vida.
Neste caso não é bem isso. São duas amigas e as duas fazem com que a outra queira ser melhor,mas uma delas por vezes empurra a outra de forma maléfica,no entanto ela também precisa desse mal. É um pouco difícil de te explicar sem querer contar a história. Mas há uma espécie de amor/ódio, uma força impulsionadora.