A penumbra já me envolvia quando iniciei o meu passeio de fim de dia. Admirava os lampiões que iluminavam a rua quando vi Afrodite a correr saindo da casa de Ares para entrar na sua. Não me pareceu estranho porque Ares era irmão de Hefesto e cunhado de Afrodite, mas a corrida fez-me pensar que haveria qualquer coisa que não estaria bem. Ainda assim continuei o meu passeio e esqueci o acontecimento até que no outro dia, pela mesma hora me chamaram para ir a casa de Ares. Estavam lá todos o deuses e na cama; presos por uma malha de ferro, tecida por Hefesto, estavam Ares e Afrodite.
Percebi tudo, assim como todos os Deuses: Afrodite e Ares não resistiram à paixão que nutriam um pelo outro e Hefesto descobriu. Os deuses ficaram zangados e aquela traição nunca iria ser esquecida. Hefesto amava Afrodite e penso que Afrodite também o amaria, mas a paixão foi superior ao amor.
Quando a rede foi tirada ofereci um lençol a Afrodite que me agradeceu e abraçou. Estava envergonhada e perdida e durante algum tempo ninguém a viu. Porém; passado um tempo, ela bateu-me, levemente, na porta queria apresentar-me a pequena Harmonia, sua filha e de Ares. Era linda a Harmonia : peguei-lhe ao colo e senti nas mãos o equilíbrio entre o amor e a paixão.
Ainda bem, fico contente. :) Já alguma vez leste um livro ou assististe a um filme e no fim ficares com a sensação de que fora a melhor coisa que leste ou viste? É isso que quero, esta história até que faz sentido mas e as restantes? Aquelas que ainda não me vieram à cabeça? Já escrevi várias histórias no passado mas nenhuma delas fazia grande sentido e por isso desistia a meio.
Porque não sei se consigo fazer o que quero, escrever grandes histórias, daquelas mesmo boas, ando com umas ideias para escrever outra história depois desta mas ainda só consegui pensar na primeira frase, não sei se irei conseguir, além disso eu mudo de ideias como quem muda de camisa, hoje é uma coisa e amanhã é outra.