O Amor e a paixão: Ares e Afrodite
A penumbra já me envolvia quando iniciei o meu passeio de fim de dia. Admirava os lampiões que iluminavam a rua quando vi Afrodite a correr saindo da casa de Ares para entrar na sua. Não me pareceu estranho porque Ares era irmão de Hefesto e cunhado de Afrodite, mas a corrida fez-me pensar que haveria qualquer coisa que não estaria bem. Ainda assim continuei o meu passeio e esqueci o acontecimento até que no outro dia, pela mesma hora me chamaram para ir a casa de Ares. Estavam lá todos o deuses e na cama; presos por uma malha de ferro, tecida por Hefesto, estavam Ares e Afrodite.
Percebi tudo, assim como todos os Deuses: Afrodite e Ares não resistiram à paixão que nutriam um pelo outro e Hefesto descobriu. Os deuses ficaram zangados e aquela traição nunca iria ser esquecida. Hefesto amava Afrodite e penso que Afrodite também o amaria, mas a paixão foi superior ao amor.
Quando a rede foi tirada ofereci um lençol a Afrodite que me agradeceu e abraçou. Estava envergonhada e perdida e durante algum tempo ninguém a viu. Porém; passado um tempo, ela bateu-me, levemente, na porta queria apresentar-me a pequena Harmonia, sua filha e de Ares. Era linda a Harmonia : peguei-lhe ao colo e senti nas mãos o equilíbrio entre o amor e a paixão.