O encontro com a Deusa Diana
Andava eu nos meus passeios por entre as árvores e vi, ao longe, a Deusa Diana. Aparecia carregada com o seu arco de prata e vi, por baixo dos braços, algumas setas. Encantou-me a sua pequena túnica e o seu aspecto virginal. Fiquei quieta e o som da floresta perpassava-me os ouvidos como pequenas agulhas.
Olhei atentamente e ela que é conhecida como a Deusa da caça, ralhava com os caçadores que tinham capturado um pequeno veado. Como protectora dos animais selvagens não permitia que alguém os maltratasse. Viu-me ao longe, sorriu e rapidamente se acercou de mim.
Sentamo-nos numa pequena pedra a comer algumas umas amoras que por ali tinham crescido. Falou-me dela e contou-me que é a personificação do espírito feminino de integridade, autoconfiança e de independência que possui imunidade à paixão, permitindo-lhe ser completa sem a presença de um homem.
Levantou os dedos e disse-me, ainda, que no mundo dos deuses era conhecida por ser uma deusa tríplice, uma vez que era donzela, mãe e anciã. No pescoço tinha uma lua crescente, símbolo do lado puro, independente e dinâmico. Conversamos algumas horas sobre as outras deusas e ela sorria sempre. Quando a lua apareceu, no céu, deixei de ver Diana, talvez porque ela é a própria lua. Esfreguei os braços e caminhei para casa, Diana voltaria a estar comigo cada vez que a lua crescente, tornasse.