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Fashion in the bag

Fashion in the bag

09
Mar17

Os dias especiais

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(imagem retirada da net)

 

 

Um dia destes disse-me um amigo: Temos sempre dois caminhos, ou somos felizes com o que temos ou ficamos infelizes por não termos o que queremos ter.

Fiquei em silêncio a beber cada uma das palavras e a pensar na dimensão daquilo. Hoje é dia diferente, por muito que diga que não. Todos temos dias diferentes. O ponto, pegando nas palavras do meu amigo, é que podemos fazer com que todos os dias sejam diferentes ou podemos ficar à espera que um dia diferente chegue. Basta pouco para que o dia seja, o dia, e os outros dias, sejam os dias. Escutem o vento que passa entre as árvores, bebem cada azul de céu como senão houvesse mais céu. Escutem, andem, gritem. Abracem muito, sempre! Vivam!!

18
Out16

Continuo à espera, à beira de um rio, que tem pedras e paus...

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O riacho corria despreocupadamente por entre paus e pedras, e eu olhava distraidamente para os saltinhos que água dava ao passar. Não era o facto de estar sozinha que me preocupava, pensei. O que, na realidade, me agoniava e desassossegava era o facto de não ser compreendida, sobretudo, o não saber o que esperar. Nunca sabemos com o que contar de uma espera que não é "esperada".

Quando assim é temos uma espécie de cavalo selvagem que não conhece a lei das rédeas e muito menos sabe o que é ser dócil. Era verdade que ali, onde tudo tinha um encadeamento perfeito, onde não havia questões, nem competições, isso não me preocupava em demasia, mas ali as árvores sempre tinham sido árvores e o rio sempre correra, as flores voltavam sempre que o sol suspirava e que o orvalho as acordava. Ali não havia nem tempo, nem dúvidas.

Eu nem sempre fora eu, ou se sim já o tinha esquecido. Esperava não um milagre, ou acontecimentos mágicos, esperava apenas encontrar-me, descobrir o que eu era realmente, ver por baixo do que a pele escondia/sugeria. Agarrei num pequeno pau, daqueles paus que servem de caminho nos passeios domingueiros das formigas e das lagartas, e esperei, que mais poderia fazer  do que esperar? A luta tinha sido constante, tal como o rio luta por manter o seu leito desocupado e desgasta o que se lhe atravessa e se impõe, assim tinha sido a minha luta. Ainda assim tal como acontece com o rio chega o dia em que depois de pedras e dos paus, há que seguir o curso do rio, deixar fluir e esperar. Olhei demoradamente o pau, percorri-o com os dedos, com os olhos, iniciei um namoro inconfessável e absurdo. Vi no pau, não um pau, mas uma chave. Uma possibilidade de abertura de algo que há demasiado tempo estava oculto e fechado.  Continuo à espera, à beira de um rio, que tem pedras e paus....

29
Set16

O Outono, a espera e a perda da felicidade

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 O Outono chegou anunciado pelas folhas amarelas, pelo Sol envergonhado e pelo vento que se agitava de manhã. Vestiu as calças que mais gostava, uma camisa branca e uns brincos da mesma cor. Olhou-se ao espelho, passou a escova pelo longo cabelo e sentou-se à espera. Convenceu-se que a felicidade chegaria quando o Outono viesse. Escolheu a roupa cuidadosamente, animou-se  e esperou.

Ao seu redor as árvores vestiam-se de flores, os pássaros dançavam, a neve vestia a janela de branco, tal qual uma noiva e ela nada via ou sentia.  Sentada,esperava e perdia, todos os dias perdia.

A espera durou vários anos sem que ela se movesse ou trocasse de roupa. Chegou um tempo em que se apercebeu de que já não conseguia mexer-se e tudo em si estava transformado. Olhou ao redor e não lhe ocorreu a razão porque tinha estado tanto tempo ali. Tentou levantar-se para observar uma joaninha que pousara no parapeito, mas não conseguiu, empenhou-se em sentir se era noite ou dia, mas era tudo tão igual que não percebia a diferença.

Um dia, daqueles dia em que no céu se arrumam as cadeiras, ela caiu no chão: a espera tinha acabado. Era Inverno, e ela tinha perdido a felicidade, sem nunca perceber que a tinha encontrado...

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