Este é um daqueles filmes em que se cruzam várias vidas, ideias e pensamentos. A ideia principal assenta na vida de um menino que perde a mãe e procura, sem cessar, descobrir a causa da sua morte e, acima de tudo, a forma de curar essa causa. Aparentemente talvez esta premissa nada tenha de extraordinário, mas reveste-se de interesse quando isto significa uma enorme prova de amor para com a sua mãe e ao mesmo tempo para com a humanidade em geral. Aqui, como na vida, cruzam-se os interesses e valores universais( e particulares) e descobre-se que só quem vive para amar consegue, de facto, viver! O risco é o que torna a caminhada intensa e empolgante.
Vale a pena ver o filme e pensar quantas coisas fazemos(ou não) pelas nossas convicções e paradigmas.
Este é um filme que foi uma boa surpresa pelo seu tema. Aborda uma questão em que nunca tinha pensado e que tem a ver com o direito de regresso de bens de Judeus sobreviventes do Holocausto. O que está em causa muitas vezes não é a questão monetária, mas a questão das memórias e do respeito pelos sobreviventes e pelos seus familiares. O filme baseia-se em factos verídicos e incide, essencialmente, sobre obras de Klimt.Para além da reconstrução de vários factos históricos, ensina também um pouco sobre as obras deste pintor.
Até onde vamos quando o que queremos é preservar as memórias e a integridade daqueles que amamos?
Este é um filme que me surpreendeu. Apesar de conhecer o realizador(Giuseppe Tornatore) e de gostar muito dele, por filmes como o Cinema Paraíso ou Malèna nunca tinha ouvido falar deste filme e foi uma boa descoberta. A principal reflexão para que o filme nos remete é, segundo creio, a de que as pessoas nunca são completas sem um grande amor. Pode levar a vida toda, mas há sempre uma espera, uma procura incessante que pode ir até ao fim da vida. Interessante que agora estou a lembrar-me que esta é a mensagem que também podemos ver nos outros dois filmes que também referi. A procura aqui, não resulta da melhor maneira mas a mensagem e o tema para a reflexão está lá: Valerá a pena esperar toda a vida por um grande amor?
Tenho uma teoria que é: Já que a insónia me faz companhia eu tenho o dever e a obrigação de lhe proporcionar o melhor entretenimento. Sendo assim decidi oferecer-lhe um dos filmes que me vão indicando e a escolha recaiu sobre o TheDressmaker.
Apesar de não considerar que seja um filme brilhante deixou-me a pensar em duas questões que partilho:
A primeira remete-nos para a questão do preconceito, será este capaz de matar sonhos e vidas?
A segunda, não menos importante, está relacionada com o ideia de que, dentro da sociedade, o ostracismo pode passar de pais para filhos. Será que herdamos os ódios que já tinham aos nossos pais?