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Fashion in the bag

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31
Jan17

A vitória da ponderação e do carinho

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Atena estava na cidade, perto do mercado. Quando cheguei não a vi, mas ela reconheceu-me e veio falar-me. Trazia vestida uma túnica bonita e elegante presa num só ombro e o cabelo apanhado, atrás. Estava pálida e parecia preocupada. Falamos longamente sobre a  justiça, a vida e o mundo e contou-me que Ares defendia a guerra para a obtenção da Justiça. Atena discordava e isso fazia com que um rastilho se acedesse constantemente entre os dois, que explodia a cada dia, com mais frequência.  Atena ficava cada vez mais triste e preocupada. Sabia que se ela não estivesse perto, Ares provocaria, uma e outra  guerra, por vezes sem motivos, e isso traduziria-se em sangue derramado e vidas perdidas.

Raramente uma guerra resolve divergências e ideias diferentes, as guerras servem apenas para mostrar força, não são resolutivas. Acabam quando um lado se apresenta mais fraco, mas as divergências continuarão. Suspirou tristemente e agarrou-me na mão.

Atena  gostava de cultivar os seus altos princípios e ponderação sobre a necessidade de lutar para preservar e manter a verdade. Ela oferecia aos heróis as armas que deveriam ser usadas com inteligência, mestria e planeamento.

Pedi-lhe para ser eu a falar com Ares. Ao início não lhe pareceu uma boa ideia, mas acabou por aceitar.

Encontrei-o no meio de um exército pronto para partir para mais uma batalha. Ofereci-lhe uma flor, de cor rosa, e dei-lhe um longo abraço. Ficou quieto, envergonhado e arrastou-me para longe dos outros. Chorou agarrado a mim: ele venceu  a maior batalha que era a da luta consigo próprio. Atena juntou-se-nos e todos choramos de alegria. A ponderação  de Atena e o carinho venceram aquela luta.

15
Nov16

O que é ser justo?

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Estava a ler as principais notícias da semana e não pude deixar de pensar sobre o que é a justiça e o sistema judiciário que temos. Não vou dizer que está tudo errado, mas há, de facto muita coisa errada, a começar pela idade dos juízes.

Dizia Platão que: O bom juiz não deve ser jovem, mas ancião, alguém que aprendeu tarde o que é a injustiça, sem tê-la sentido como experiência pessoal e ínsita na sua alma; mas por tê-la estudado, como uma qualidade alheia, nas almas alheias. 

De facto, será que alguém consegue ser justo, por conseguinte, "fazer" justiça não tendo maturidade e experiência e baseando-se apenas no saber enciclopédico, livresco e de leis que estão, grande parte das vezes, desajustadas da realidade?

Poderá alguém ser justo com centenas e centenas de processos, que são analisados a correr, ou com demasiada lentidão, porque o sistema falha? Não deverão os que julgam ter "outros saberes" e outras virtudes para além daquelas que se aprendem nos livros?

Independentemente, do sistema judiciário, o que é a justiça e ser justo? Seremos justos em todas os julgamentos que fazemos, diariamente?

 

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