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Fashion in the bag

Fashion in the bag

08
Fev17

A caminhada do sonho e da realidade

fashion

 (imagem retirada da internet)

 

 

Saiu de casa quando o sol já arrumara as malas e esperava que a lua o substituísse na difícil tarefa de transformar a penumbra em luz.

Fechou a porta com força, atrás das costas, e apressada desceu as escadas que, naquele dia, pareciam ter diminuído tal a pressa com que as calcava. Precisava respirar, sentir na pele a certeza que ainda vivia. Meteu as mãos nos bolsos e encolheu os ombros. As poucas pessoas que vagueavam pelas ruas dirigiam-se, apressadamente, para casa e davam por finalizado mais um dia, mais uma rotina, que nunca se sabia se era uma constituinte de si ou apenas uma obrigação penosa e muitas vezes desestruturante da própria pessoa. Os passos começaram a estreitar e aos poucos começou vagarosamente a arrastar os pés pelo empedrado irregular da calçada. Sentia dores nos pés, mas mesmo assim teimava em continuar como se quisesse incutir em si uma forma de punição por algo que tinha feito e que não sabia. Pensava em todos os dias em que apertara a realidade e se deixara guiar por ela, remoía, também, em todas as vezes que matara essa realidade e seguia apenas o que sentia. Nesses dias nascia, uma e outra vez, nos outros morria. Há tantas mortes dentro de uma vida. Um espesso nevoeiro bailava-lhe sobre os olhos e envolvia-lhe, agora a cabeça. Era um cenário misterioso dando a sensação que ela flutuava ao invés de andar. Nesse envolvimento caminhavam, lado a lado, a realidade e a sonho. Não voltou para casa, nesse dia...

12
Out16

Brincadeira na poesia... Um mar de sonho

fashion

 

 

Um mar de sonho

 

Jovem e bonita, amante de dançar

aquela rapariga da aldeia

mantinha acesa a ideia,

o sonho de ver o mar;

 

Uma vastidão desmedida

que inundava a televisão

e lhe falava ao coração

como quem a chama à vida;

 

Quando esse dia chegou

ia de voz embargada,

pensando em tudo, em nada

e ficando deslumbrada quando se aproximou;

 

Olhou o mar docemente,

abriu os braços e dançou,

sentiu o vento na cara, esqueceu-se do tempo e chorou

nunca sentira tal liberdade, era feliz verdadeiramente;

 

A felicidade persistiu vigiada pelo sol,

uma paz nunca sentida

reconciliou-a com a vida,

tinha encontrado o seu farol.

 

Fashion & Malik

 

 

 

 

**Esta semana, por brincadeira, desafiei o querido Malik para um poema a quatro mãos. 

Como era brincadeira nunca pensei que ele aceitasse... Não é que ele, levou a sério, e deixou o bonito poema dele para terminar... Desculpa Malik se estraguei o teu trabalho e obrigada pela confiança.

 

 

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