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Fashion in the bag

Fashion in the bag

16
Jun16

Vamos procurar a honestidade com uma lanterna?

fashion

 

laN.jpgPara quem não sabe Diógenes foi um filósofo da Grécia Antiga que se tornou num mendigo deambulante das ruas de Atenas.

Carregava com ele uma lanterna para procurar, segundo dizem,  um homem honesto. Ressalvo que a lanterna estava acesa durante o dia demonstrando a dificuldade que era encontrar um homem com esta virtude.

Muitas vezes a história de Diógenes me visita o pensamento fazendo-me rever o tema da honestidade e da virtude. 

Quando penso nisso associo a honestidade a um pequeno feijoeiro que vai crescendo quando o solo é fértil e a água o visita moderadamente.

Desde que não exista nenhuma ventania imprevista ou um temporal manhoso o feijão vai crescendo, crescendo e vai rodeando a cana, que colocamos para que ele se desenvolva harmoniosamente. A fragilidade manifesta-se quando, a meio do percurso do crescimento, alguma coisa se lhe interpõe.

Pode ser um leve suspiro do vento que por ali passa e lhe deixa a dúvida se ele podia ser melhor e maior do que os outros, um grão de areia que lhe fere a rama e o faz desejar ser diferente do que é, ou pode ser outra coisa qualquer que o faz duvidar. A partir daí, no pozinho introduzido por essa suspeita, há uma outra semente que é lançada e que é bem mais resistente do que a do feijão. Refiro-me à ambição. A ambição cresce a par com o feijoeiro, mas enrola-se de tal forma a este( e à cana) que chega a estrangula-lo.

Nessas falhas provocadas pelo estrangulamento, a honestidade é corrompida e interessa apenas satisfazer os interesses da ambição que mais não são do que os seus próprios interesses recalcados e (res)sentidos. A ambição desmedida é egoísmo, é devaneio não controlável,assemelha- se a uma espécie de maldição, é qualquer coisa de irracional que não sabemos quando começa e muito dificilmente conseguimos determinar quando acaba.

Claro que é saudável o feijoeiro querer ser melhor e maior, o que não é tão bom é que para ser assim o feijoeiro tenha de subir por de cima dos outros feijoeiros roubando-lhe o sol e a chuva e impedido-os de serem, também eles uns viçosos feijoeiros.

Há tantos feijoeiros assim...

Agora ando à procura, não do homem, mas da lamparina que me ajude a  encontrar os homens(feijoeiros) honestos e me faça continuar a acreditar na essência do ser humano. E por aí, já têm a lanterna?

 

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